terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A MALTA DO LICEU É QUE ERA!

(foto tirada na Ria Formosa, cedida pelo amigo e conterrãneo Fernando Fonseca) ...


Texto amavelmente enviado do Porto pelo João Brito Sousa

A MALTA DO LICEU É QUE ERA!



O ambiente académico do Liceu anos 60, era muito melhor do que o ambiente da Escola Comercial e Industrial igualmente de 60. Por isso os dos Liceu eram alcunhados de "bifes" enquanto nós lá da Escola Comercial éramos alcunhados de "os costeletas" Todavia é um costeleta que está aqui a dar o pontapé de saída nesta coisa. de alimentar o blogue que tem muitas potencialidades. Basta cada um contar uma história ou dizer qualquer coisa.
O meu percurso académico foi: Curso Geral de Comércio lá da Escola, Curso de professor primário na Escola do Magistério Primário de Faro onde tive como colegas o Renato, o Xico Eusébio, a Graça Aleixo, a Ilda Capela, a Branca Rosa, a Maria Alcina e a Rute irmã da Aidé, que tinham sido alunos do Liceu e depois fiz o bacharelato no Instituto Comercial de Lisboa com o Samuel do Liceu que jogava muito bem basketeball e depois fiz a licenciatura no ISCAL sendo convidado para leccionar as cadeiras de Contabilidade Geral e de Gestão. Hoje sou reformado e vivo no Porto.



Eu penso que um dos momentos altos da vida do Liceu foi no tempo em que Vergílio Ferreira foi aí professor, haverá outros certamente que não conheci por não estar por dentro, mas Vergílio emprestou ao Liceu o seu rigor de homem e seu excepcional conhecimento da língua portuguesa.
É bom não esquecer que Vergílio Ferreira frequentou o Seminário do Fundão com a idade de dez anos em 1926, numa altura em que o saber estava nos Seminários tendo de lá saído em 32 donde ganhou matéria para escrever o romance "Manhã Submersa" licenciou-se em Filologia Clássica em 1940 e foi convidado para assistente que não chegou a tomar posse. É nesta altura que entra para o ensino Liceal começando pelo D. João III em LISBOA, escrevendo livros ao mesmo tempo. A sua melhor obra, na minha perspectiva, é o "Em Nome da Terra", romance donde retirei estas frases:




"Porque a vida de quem amamos não é só a que lá está mas a que nós lá pusemos para depois irmos gastando"
e
"Porque os grandes actos da vida, querida, com deves saber, nunca devem ter público. "


Quem comenta e faz o próximo post?


João Brito Sousa